O eterno retorno das doenças infecciosas

No que diz respeito às doenças infecciosas, o professor Paulo Saldiva entende que o Brasil está andando para trás. Basta observar que as doenças transmitidas por insetos vieram, ao que parece, para ficar. Moléstias como dengue, febre amarela ou zika só fazem aumentar em vez de diminuir. E mesmo aquelas doenças que são previsíveis por vacinas voltam a dar sua cara por aqui, o que pode ser tanto produto da desinformação quanto da resistência bacteriana aos antibióticos.

Aliás, o uso indiscriminado de antibióticos contribui enormemente para a multiplicação de cepas multirresistentes. É o processo de seleção natural em andamento. “Uma bactéria que vive em nosso organismo pode ter milhares de gerações no espaço da vida de um ser humano”, afirma Saldiva. Se nada for feito para conter esse avanço, “possivelmente em dez anos a eficácia dos antibióticos será praticamente nula”.

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