No final do ano passado, a maior parte da comunidade científica no mundo todo criticou a anunciada edição genética feita em embriões na China, relacionada ao gene CCR5, cuja deleção confere resistência ao HIV. Embora seja uma técnica muito promissora, aponta a geneticista Mayana Zatz, não há ainda garantia de que, ao se deletar um determinado gene, não se estaria alterando ao acaso outro – com consequências imprevisíveis, que poderiam até ser transmitidas a futuras gerações.
Nesta edição de Decodificando o DNA, a professora do Instituto de Biociências (IB) da USP comenta uma pesquisa publicada na Nature Medicine, mostrando que os efeitos do experimento na China com o gene CCR5 podem ser ainda piores: quem passou pelo processo teria probabilidade significativamente maior de morrer ainda jovem.
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