Dando continuidade ao especial sobre a contribuição da Medicina USP para a sociedade, o Jornal da USP no Ar traz um pouco da história do Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina (FM) da USP, único no País com residência médica em Medicina Legal e Perícia Médica. Para isso, o jornal conversou com o doutor Daniel Romero Muñoz, professor titular de Medicina Legal da FM.
Em 2000, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Comissão Mista de Especialidade detectaram que alguns ramos da medicina não possuíam residência médica, como a Medicina Legal. Munõz relata que a FM era a única com condições de oferecer a residência, e assim ocorreu. Hoje, o Departamento de Medicina Legal conta com 15 residentes e a especialização tem duração de três anos.
Munõz explica que o disciplina estuda a perícia médica lato sensu. Isso significa que todas as áreas da perícia são englobadas pelas especialização, como perícia médica, criminal, previdenciária, militar, entre outras. O Departamento de Medicina Legal foi reconhecido como o 10º na área da pesquisa sobre o tema. O professor conta que há parcerias com universidades estadunidenses, norueguesas e inglesas.
O Departamento também já contribuiu em casos emblemáticos, como o reconhecimento da ossada do nazista Josef Mengele e a perícia de PC Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que foi encontrado morto com a namorada Suzana Marcolino, em Maceió.
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