Tratamento com LEDs reduz dor em pacientes com osteoartrite no joelho
Tratamento de osteoartrite no joelho com luzes de LED é aplicado diretamente na pele, na região afetada; partículas de luz (fótons) interagem com os tecidos, aumentando a produção de energia das células e reduzindo dores crônicas associadas à doença – Foto: Cedida pela pesquisadora/Marucia Chacur
Testes em pacientes com osteoartrite no joelho mostram que o tratamento com luzes de LED é capaz de reduzir a dor, verifica estudo do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. Os resultados da pesquisa demonstram que a terapia com LEDs poderá ser utilizada em conjunto com medicamentos para dores crônicas, aumentando a qualidade de vida dos pacientes. Os testes são realizados em parceria com o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e o grupo de pesquisa está à procura de novos pacientes para o estudo.
Os pesquisadores do Laboratório de Neuroanatomia Funcional da Dor (Land) do ICB se dedicam a estudar novas terapias não farmacológicas – isto é, sem medicamentos – para o tratamento de dores crônicas. “Osteoartrite de joelhos é frequente e de importante impacto na qualidade de vida e capacidade funcional da população geral, principalmente na população idosa”, afirma a professora Marucia Chacur, coordenadora do laboratório.
Nos casos mais avançados da doença, os métodos terapêuticos clínicos atuais não têm a eficácia desejada, e o tratamento cirúrgico, de eficácia comprovada, muitas vezes não é tolerado pelo paciente, ou, outras vezes o tempo de espera para a obtenção da cirurgia é bastante longo. “Alternativas terapêuticas para o tratamento da dor se fazem necessárias”, destaca Marucia. “Uma dessas terapias é a fotobiomodulação, que consiste em tratar a dor utilizando luzes LED ou laser. Atualmente, o grupo realiza, em parceria com o HC, testes com LEDs em pacientes com osteoartrite no joelho, supervisionados pelo médico Hazem Adel Ashmawi.”
A fotobiomodulação é um processo que causa alterações biológicas nos organismos devido à interação de fótons (partículas de luz) com o tecido-alvo. “Os testes ocorrem em dez sessões, duas vezes por semana. O aparelho é colocado no joelho do paciente diretamente na pele, próximo à região afetada. A aplicação é indolor, não invasiva, não possui efeito colateral para o paciente”, conta a professora. “A ideia não é substituir os medicamentos, e sim trabalhar em conjunto para melhorar a qualidade de vida das pessoas.”