Pesquisa na área de UTIs pediátricas da USP é destaque internacional

A principal publicação científica relacionada à terapia intensiva pediátrica, a Pediatric Critical Care Medicine, apontou que as UTIs pediátricas da USP estão entre os principais centros de pesquisa e de publicação científica na área de terapia intensiva pediátrica, comparando-se a países como EUA, Canadá e Alemanha. O Jornal da USP no Ar conversou com o doutor Werther Brunow de Carvalho, professor titular do Departamento de Pediatria, área de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), sobre o assunto.

O professor conta que a Universidade foi “pega de surpresa” com a publicação: “Às vezes não temos a dimensão do local que estamos em termos de assistência no mundo”. Ao mesmo tempo, ele destaca o atendimento pediátrico de excelência que é prestado nos hospitais da USP, e que também há uma participação importante nos hospitais privados do Estado de São Paulo.

A maior preocupação do Instituto da Criança na terapia intensiva é não fazer mal à criança. Brunow de Carvalho diz que muita vezes a medicina pode ser agressiva, principalmente no tratamento intensivo, e que existem casos em que o paciente termina a terapia com sequelas. Toda a equipe do ICr recebe um treinamento multidisciplinar para que isso não ocorra, esclarece o professor.

Os avanços promovidos são perceptíveis, como a diminuição da mortalidade em várias patologias. As unidades da cidade de São Paulo, por exemplo, apresentam mortalidade, no caso do choque séptico, igual, ou até menor, aos centros de tratamento dos EUA.

“Em termos de pesquisa, a USP sempre teve uma participação fundamental no mundo”, e na área de saúde não é diferente. O professor destaca três pilares de pesquisa promovidos pelo ICr: respiratória, nutricional e metabólica e, por fim, infecciosa. Na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), há pesquisas com destaque internacional sobre o pós-operatório de cirurgia cardíaca, lembra Brunow de Carvalho.

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