Modelagem estatística ajuda a controlar epidemias em animais

 

Sabe-se que a diversidade genética pode afetar a disseminação de doenças infecciosas, potencialmente impactando a redução de epidemias em plantas e animais. No entanto, poucos métodos para controle de doenças podem identificar componentes genéticos que influenciam a resistência a doenças e também a infectividade, que representa a propensão do hospedeiro a transmitir infecções a indivíduos suscetíveis a uma doença.

A conclusão é do professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pesquisador do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (Cemeai) Osvaldo Anacleto Júnior, que tem conquistado importantes avanços com sua pesquisa nesta área.

“Os modelos genéticos quantitativos atuais não identificam completamente o componente hereditário da infectividade do hospedeiro pois esses modelos não conseguem acomodar a dinâmica não linear do processo de transmissão de doenças”, explica.

Este trabalho, que ele divide com outros quatro autores de universidades da União Europeia, apresenta um novo modelo estatístico e um método de inferência para estimar parâmetros genéticos associados à suscetibilidade e infectividade do hospedeiro. “Nossa metodologia combina modelos genéticos quantitativos de interações sociais com processos estocásticos para modelar a natureza aleatória, não-linear e dinâmica de infecções, e usa técnicas computacionais Bayesianas para estimar os parâmetros do modelo.”

A metodologia proposta oferece impactos diretos em áreas como a pecuária e agricultura e também pode ser adaptada para a modelagem de dados de epidemias observadas em humanos. Conheça no vídeo acima.

Raquel Vieira/Comunicação Cemeai

Fonte:

Jornal USP