Insulina inalável pode ser mais vantajosa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, autorizou a comercialização da primeira insulina inalável do Brasil. O produto serve para tratar diabéticos sem precisar utilizar agulhas para injetar a insulina. Apesar de já ser aprovado para uso nos Estados Unidos, desde 2014, ainda deve demorar alguns meses para estar disponível para a venda.

De acordo com Raphael Del Roio Liberatore Junior, endocrinologista pediátrico e professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, a nova medicação vem em uma espécie de ampola de plástico com a insulina em pó. A ampola vem conectada com um inalador e, ao apertar o botão, o pó é inalado.

O medicamento, no entanto, possui algumas contraindicações: fumantes, asmáticos, pessoas com alterações respiratórias e até mesmo quem está resfriado ou com alguma infecção aguda das vias aéreas não deve utilizá-lo. Além disso, em crianças e adolescentes a insulina inalável ainda não foi aprovada.

Para Liberatore Junior, ainda assim a medicação possui vantagens se comparada com a insulina injetável, por promover uma melhor qualidade de vida. “A ação da insulina inalada é mais parecida com a insulina que o próprio corpo produz do que a injetada” explica, justamente pela absorção mais rápida.

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