Algoritmos ajudam no desenvolvimento de próteses nasais

Tecnologias relacionadas ao desenvolvimento de próteses se expandiram, e hoje podem ajudar tanto atletas de alto rendimento quanto pacientes que sofreram diferentes tipos de perdas. As chamadas próteses bucomaxilofaciais, por exemplo, é uma especialidade odontológica que confecciona partes como olhos, orelhas e nariz.

Um projeto da Faculdade de Odontologia (FO) e do Departamento de Engenharia Mecatrônica da Escola Politécnica (Poli), ambos da USP , tem como objetivo produzir próteses nasais harmônicas para cada paciente, valendo-se não só de técnicas de modelagem odontológicas, mas também de inteligência artificial e impressão 3D.

A ideia consiste em usar um banco de dados com muitas fotos que possam servir de base para a formação da imagem do paciente com um tipo de nariz harmônico. A professora associada Neide Pena Couto, do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilofacial da FO, conta que os pesquisadores estão envolvidos “na criação de um programa onde, por meio de fotografias de frente e de perfil, a gente consiga alimentar as informações até por imagens feitas em celulares nesse computador, para que ele possa construir, então, a imagem de um nariz 3D ideal para esse paciente, baseado nas medidas e no conhecimento de antropometria. Depois nós apenas fazemos alguns ajustes finais”.

Eduardo Cabral, professor do Departamento de Engenharia Mecatrônica da Escola Politécnica, conta que até o final do ano esse projeto poderá ser finalizado. Para que isso aconteça, falta apenas treinar a inteligência artificial e ajustar alguns pontos na máquina de impressão 3D construída exclusivamente para esse fim. Este episódio do podcast Momento Tecnologia aborda o processo de desenvolvimento dessas técnicas e seus benefícios ao paciente, que recupera sua autoestima e tem uma melhor reabilitação social com a prótese.

Ficha técnica

Reportagem e apresentação: André Netto

Edição de Áudio e Sonorização: Tabita Said